Colégios particulares apelam a aulas de educação sexual e orientação com pais para evitar bracelete que estimula brincadeiras sexuais
Adriana Matiuzo
Foto: F.L.Piton / A CidadeAdolescentes começam a abolir pulseira polêmica
Adriana Matiuzo
Foto: F.L.Piton / A CidadeAdolescentes começam a abolir pulseira polêmica
Escolas de Ribeirão Preto decidiram apostar no diálogo e não pretendem proibir, pelo menos por enquanto, o uso das chamadas "pulseirinhas do sexo" entre os estudantes. Entre as crianças, as conversas de orientação têm causado surpresa por levar ao abandono espontâneo do acessório.
Feitas à base de silicone e com preços baixos (cerca de R$ 1 o pacote com seis unidades), as pulseiras viraram moda nas escolas no ano passado. O problema é que elas têm sido usadas para um jogo em que os meninos tentam arrebentá-las aleatoriamente e as meninas são obrigadas a pagar favores de conotação sexual.
Em vez de proibição, o Colégio Metodista optou por incluir a discussão na aula de ciências, que aborda educação sexual a partir do 6º ano do ensino fundamental.
Crianças alertas
Durante uma visita nesta segunda-feira à escola, A Cidade chegou a encontrar uma pulseirinha arrebentada no chão, mas não encontrou crianças com o acessório.
O diretor regional do Sieeesp (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado de São Paulo), João Aurélio de Andrade Velloso, diz que não considera que proibir seja uma boa solução. "É uma brincadeira que já está passando, na medida em que vamos discutindo com os alunos", afirma.
A presidente da Comissão dos Direitos da Mulher, da Criança e do Adolescente da Câmara de Ribeirão, vereadora Gláucia Berenice (PSDB), também pensa que proibir poderia causar o efeito inverso.
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